viernes, diciembre 15, 2006

DO TEMPO E NOSSA MORTE










Amavamos a distância
aquela precisa medida da prudência
por isso nos matávamos
para viver um tempo em outra estrela
para escorregar a astucia de seus gestos e os meus
tão cheios de coincidências e admirações
mas as veses tão distantes
tão adoravelmente distantes
que em cada frase dita nos consumia o nojo
de quem sabe que sabe

Amavamos a ignorancia
porque mancava à nossas costas
e gozava de nós de frente
como a infamia do deus que nos abençoa nas sombras
aproveitando-se do medo ao fim

A amavamos pelo que ela implicava:
a angustia de Fausto por a morte do pequeno mundo
Mas riamos e do futuro
aquele que agora acaba
para nós ou assim nós queremos
com o fim de evitar o desconsolo de uma dor sem sentido

Se nos acaba o tempo
mas se nos aumenta a historia
a bondade se volta infinita em nossos gestos escorregadios
mas de nada serve porque já estamos mortos
e estamos perpetuados por completo
em a plenitude da outra estrela
por adorar os saberes sobre a vida
que agora nos impedem viver



Traducción: Alejandra Molina Aedo.